A linguagem secreta do novo anúncio do PT
O grande problema do sujeito doutrinado é que ele – como um cão adestrado – passa a agir sem reflexão. Passa a operar “no normal” dentro de uma lógica absurda.
E isso reflete-se naquilo que ele faz – ele diz, mesmo quando ele não tem a intenção de dizer.
É o que ocorre com a nova peça de propaganda do PT, “Dois Lados”. Um vídeo curto comparando tudo o que Bolsonaro representa a tudo o que Lula simboliza.
Temos “o que maltrata”, retratado por um ator. Em seguida, “o que defende”, feito por uma atriz.
“O que debocha” é um grupo de homens. “O que ampara” é uma senhora e uma menina.
“Discórdia”, homens. “União”, uma mulher.
Até o gesto de “Ódio”, a famosa arminha, é feito por uma mão masculina enquanto o “amor” é – adivinhe! – uma mão feminina.
As escolhas talvez tenham sido propositais, mas é possível que tenham saído “ao natural”. Afinal é assim que funcionam, na nossa sociedade cabrestada e doente, os comerciais, filmes, séries, cartazes – o bom, o belo e o inteligente são sempre retratados por atrizes. E o mau, o torpe, o imbecil por atores.
Eu fiz um comentário sobre isso no próprio vídeo, no canal do PT no Youtube.
Entre falar e ser ignorado ou atacado, ou calar-me diante do inaceitável, eu decidi não me acovardar. A covardia dos bons é a liberdade dos maus.
Sei que a misandria não é um problema com o qual o partido irá preocupar-se – na verdade, sendo este um partido infestado de feministas radicais, de coletivos e movimentos sociais identitários, acredito que até considerem este preconceito como algo positivo.
É o famoso “ódio do bem”, cultivado por aqueles que consideram-se luminares da salvação da humanidade (como é comum com monstros guiados por alguma bela utopia).
Abro minha boca porque, como dizia Jânio Quadros, ainda é melhor acender uma vela do que ficar apenas reclamando da escuridão.
Quer conferir com teus próprios olhos? Tá aí…